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Teste de Regressão – Protegendo o seu software de bugs ocultos

Na velocidade do desenvolvimento moderno, bugs e falhas não estão isentos de acontecer. Mas isso não precisa ser recorrente! Os testes de regressão foram projetados justamente para evitar que erros antigos reapareçam quando o código é corrigido ou modificado.

Neste artigo, vamos explorar como a regressão pode se tornar a sua melhor amiga no processo de garantir a qualidade e estabilidade do seu software, mesmo em um ambiente de mudanças rápidas.

O que é teste de regressão? 

Sendo parte dos testes de software, o teste de regressão é aplicado para verificar se as alterações no código fonte de um programa não impactam funcionalidades já existentes.

Ele é bem relevante em projetos de desenvolvimento ágil onde a entrega contínua de novas funcionalidades é uma prioridade e onde qualquer falha que não tenha sido detectada pode comprometer a experiência do usuário final.

O teste de regressão é como uma linha de defesa que impede que funcionalidades antes estáveis sejam comprometidas por mudanças recentes no código. Pense nele como um guarda que verifica se as portas já seguras ainda estão trancadas após uma reforma, isso impede que algumas mudanças maléficas atinjam o software.

A importância do teste de regressão

O teste de regressão não só adiciona na qualidade do produto final como também garante que ele seja estável e tenha qualidade ao longo do seu ciclo de vida. Separamos alguns pontos sobre a importância do teste de regressão:

Garante a estabilidade do software

  • O teste de regressão assegura que as funcionalidades que já estão operando corretamente não sofram alterações comprometedoras após mudanças nos códigos. Além disso, o teste identifica falhas, correções de bugs a fazer e otimizações de performance disponíveis para garantir a consistência do software a longo prazo.

Reduz bugs recorrentes

  • Por meio da automatização é possível evitar que bugs que foram previamente corrigidos retornem em novas versões do software. Isso evita que falhas prejudiquem a experiência do usuário e proporciona uma melhoria mais sustentável do produto.

Otimiza tempo e custos

  •  Mais uma vez, a automatização permite aqui que os testes de regressão aceleram o processo de otimização dos códigos, reduzindo significamente o tempo necessário para identificar problemas. Isso economiza recursos e reduz a necessidade de testes manuais repetitivos.

Facilita o desenvolvimento ágil

  • Em metodologias ágeis e de integração contínua (CI), o teste de regressão é essencial para permitir lançamentos rápidos e frequentes sem comprometer a qualidade do produto. Isso garante que a integração das alterações não afete negativamente o funcionamento do sistema, permitindo um desenvolvimento mais ágil e eficiente.

Gera maior confiabilidade

  • Para o produto final, o teste de regressão ajuda a assegurar que o software seja confiável e estável independentemente das mudanças aplicadas. Isso melhora a confiança dos desenvolvedores e testadores para liberar novas versões já tendo em mente que os possíveis erros foram reparados.

Gera mais qualidade à experiência do usuário

  • O teste de regressão mantém a qualidade e integridade da experiência do usuário ao evitar que novos erros apareçam durante a evolução do software. Quando existe uma aplicação contínua do teste de regressão, ela ajuda a manter o software funcionando em ambientes de alta demanda, como aplicativos móveis e sistemas de e-commerce.

Melhora o desempenho e escalabilidade do sistema

  • Em sistemas complexos e de larga escala, o teste de regressão é essencial para garantir que o desempenho e escalabilidade não sejam afetados por mudanças no código. Isso é importante pois testa a compatibilidade entre novas funcionalidades e o comportamento de features antigas, prevenindo que mudanças impactem negativamente o desempenho geral.

Tipos de teste de regressão

Existem diferentes abordagens para a execução de testes de regressão, variando de acordo com a complexidade e necessidade do sistema do projeto. De maneira bem geral, podemos dividi-los em três:

  • Testes manuais: Geralmente realizados sem o uso de ferramentas de automação, ou seja, feito manualmente por um profissional QA. Embora sejam úteis em cenários específicos, sua desvantagem é justamente a propensão ao erro humano e a lentidão do processo.
  • Testes automatizados: São ideais para sistemas de testes recorrentes. A automação reduz o tempo e esforço humano, podendo assumir mais tarefas e trabalhar mais eficientemente. 
  • Regressão parcial vs completa: O teste de regressão parcial é geralmente recomendado quando a mudança afeta apenas um módulo do sistema, enquanto o completo é necessário em casos de atualizações maiores.

Quando realizar o teste de regressão?

O teste de regressão deve ser uma prática contínua e sistemática no desenvolvimento. Eles geralmente são executados toda vez que uma modificação é feita no código, seja para correção de bugs, para uma nova funcionalidade ou atualização de infraestrutura. 

Como em todo desenvolvimento, o melhor momento para a aplicação do teste é mesmo antes do software ser liberado para o público final. 

Uma outra ocasião propícia é quando a fusão de branches no repositório de código é feita, garantindo que as integrações não causem impactos negativos no sistema. 

Também durante as fases de manutenção, o teste de regressão é observado e aqui o foco é corrigir pequenos defeitos sem comprometer a estabilidade final do produto.

Passos essenciais para a realização bem-sucedida do teste de regressão

É importante que o profissional saiba exatamente os passos a seguir para a realização de testes de regressão para que não haja falhas no produto final. 

Esses passos garantem que o teste de regressão seja executado de forma eficaz e que  ajude a manter a estabilidade e qualidade do software após cada modificação.

  • Compreender qual é a alteração no código

Antes de realizar o teste de regressão é crucial entender qual é a natureza da alteração que será feita no código. Isso inclui identificar quais partes do software foram modificadas e como essas mudanças podem impactar outras áreas do sistema. Uma dica é trabalhar com os desenvolvedores para compreender o alcance das alterações e os possíveis riscos para a funcionalidade do software.

  • Fazer a seleção de testes relevantes

Com base na análise do código que foi alterado, é importante selecionar os testes mais relevantes e que estejam relacionados às funcionalidades impactadas. Isso inclui aspectos tanto diretamente quanto indiretamente afetados.

  • Definir o escopo do teste de regressão

O escopo será o tipo de teste (completo, parcial, coletivo) que o profissional decidirá de acordo com a extensão das alterações no código. Para grandes alterações, por exemplo, testes de regressão completos são os mais indicados e para as pequenas mudanças pode ser suficiente realizar testes parciais ou seletivos.

  • Automatizar (se possível) o teste

A automatização, especialmente para sistemas com ciclos de desenvolvimentos contínuos, deve ser feita sempre que possível. Isso porque a automatização permite que os testes repetitivos sejam realizados rapidamente e garantem que o sistema funcione corretamente após cada alteração. 

  • Executar os testes

A execução vem do escopo antes já bem definido e isso inclui verificar se as alterações não introduziram novos bugs ou quebraram funcionalidades já existentes. Uma dica é testar em vários ambientes, como o de desenvolvimento e produção, para detectar problemas específicos de cada ambiente.

  • Fazer a análise dos resultados

Após a execução dos testes, não se esqueça de compor uma análise completa dos testes para detectar se ainda há falhas. Uma dica é criar um relatório bem organizado do teste para saber, por exemplo, quais áreas ainda precisam de atenção ou mais estabilidade.

  • Atualização do teste

Sempre que houver uma atualização no software, terá de haver um novo conjunto de testes atualizado que reflete essas mudanças. A ideia é garantir que as futuras execuções do teste cobrirão todas as funcionalidades relevantes.

  • Reexecução e Monitoramento 

Em ambientes ágeis e em que as alterações são constantes, a reexecução e o monitoramento dos testes não podem deixar de serem feitos. Isso porque a reexecução garante que as funcionalidades continuem estáveis e eficientes e o monitoramento ajuda a identificar problemas que possam ter passado despercebidos durante o processo de teste.

  • Documentação e comunicação

Como um último passo, sempre que puder documente os resultados dos testes de regressão, suas alterações e até mesmo problemas encontrados durante a execução. Essa documentação ajuda a melhorar os processos ou alterações futuras e serve como um comunicador à toda equipe de teste e desenvolvimento sobre a saúde do produto.

Desafios e melhores práticas no teste de regressão

Especialmente em projetos maiores e mais dinâmicos, manter um conjunto de testes de regressão eficiente e atualizado pode ser um desafio, uma vez que um dos principais obstáculos é garantir que os casos de teste cubram adequadamente todas as partes relevantes do código, sem aumentar excessivamente o tempo de execução.

A falta de automatização também gera problemas, uma vez que o erro humano e a lentidão do processo custa, e muito, para o desenvolvimento. Além disso, um monitoramento feito “de qualquer jeito” e com uma má comunicação sobre a importância do teste de regressão pode levar a um comprometimento de qualidade no produto final e no engajamento de toda a equipe.

Uma solução é automatizar os testes mais críticos e frequentemente utilizados e também atualizar os casos de testes para garantir que eles estejam alinhados com as últimas mudanças no sistema.

Também, adotar uma abordagem de integração contínua (CI) e utilizar pipelines de entrega contínua (CD) também são estratégias recomendadas, já que elas facilitam a execução constante dos testes de regressão sem intervenção manual.

Os testes também devem ser monitorados constantemente e fazer o gerenciamento de todos os detalhes, desde a comunicação à confirmação da qualidade da automação, que tem papel fundamental neste processo.

Ferramentas para teste de regressão

Cada ferramenta tem a sua particularidade, mas todas compartilham o objetivo de garantir a eficiência e estabilidade dos testes.

Ferramentas como Selenium, QTP, JUnit e TestComplete desempenham um papel fundamental na execução de testes repetitivos e na detecção de bugs de maneira mais rápida e eficaz. 

Uma das grandes vantagens da automação no teste de regressão é a sua capacidade de integração com pipelines de desenvolvimento contínuo (CI/CD), onde os testes são executados automaticamente após cada comando no código. Isso garante que qualquer bug introduzido seja detectado imediatamente, evitando que chegue à fase de produção.

Conclusão

Você se compromete com a qualidade e segurança do seu software quando implementa uma estratégia eficaz de teste de regressão, isso sem dúvida!

Ao garantir que cada mudança nos códigos sejam testadas, você também evita que problemas surjam e preserva a integridade do sistema.

Inclusive, a automação desse processo tem se mostrado uma aliada poderosa, especialmente em ambientes de desenvolvimento contínuo. 

Quando você implementa  testes de regressão de maneira regular, a sua empresa não apenas reduz o risco de falhas, como também otimiza o tempo de desenvolvimento e fortalece a confiança no produto final. 

Em um mercado onde a estabilidade é essencial, o teste de regressão é, sem dúvida, um dos pilares do sucesso.

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