Esse é o tipo de artigo que eu sempre sinto que não escrevi o suficiente. É tão relevante que as vezes parece que faltam palavras que possam expressar a real importância do assunto que está sendo tratado. Bom, o assunto de hoje o que é uma interface conversacional.
Interface conversacional é aquela em que todas as ações do usuário são manifestadas por meio do uso de palavras ao invés de cliques em botões e menus. Tudo isso é trocado pelo ato mais natural do ser humano: conversar.
E é justamento por isso que elas são tão relevantes. É extremamente intuitivo. O usuário não tem que entender nada, é só digitar alguma coisa e a inteligência, seja ela básica ou complexa, faz o resto por você.
Um exemplo pra ficar mais tangível. And Chill é um bot de Messenger que tem uma função: te dar recomendações de filmes baseado em suas preferências. Ele funciona assim: você clica no link, entra no messenger e diz olá. Você vai automaticamente receber uma mensagem te pedindo pra falar o seu filme favorito e porque você gosta tanto dele.
Depois de alguns minutos, o bot seleciona uma série de títulos que tenham a ver não só com o gênero do seu filme, mas também com a sua justificativa. Detalhe, ele te passa todos os trailers e se você fala “me conte sobre [título]”, ele te passa uma sinopse completa. Dá uma olhada, você vai entender a magnitude do que eu estou querendo dizer.
É genial. Nada de aplicativos, nada de “selecione abaixo os filmes que você gosta”, nada de botões, nada de ir e voltar e ir de novo, nada de barra de pesquisa. Tudo que você tem que fazer é conversar. É por isso que uma interface conversacional e tão importantes.
Interfaces conversacionais são o futuro da experiência do usuário. Sua empresa e todas as outras irão implementar alguma nos próximos anos.
BÔNUS! A uxdesign.cc montou uma lista dos bots mais legais que ela viu em 2016.
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Conversas ficarão ainda mais altas
Grandes empresas já estão se movimentando em direção às interfaces conversacionais. Além de serem extremamente intuitivas, elas proporcionam uma experiência única, que gera não apenas mais interesse, como também valor e engajamento superior a qualquer outro tipo de interação.
Interfaces conversacionais automatizadas permitem que marcas atinjam seus consumidores de uma maneira muito mais escalável, pessoal, segmentada e inspiradora.
Por exemplo, hoje em dia nos EUA, já é possível pedir pizza no Pizza Hut pelo Facebook conversando com um bot. Não precisa baixar aplicativo nem discar um número de telefone. Easy peasy.
Messenger, Slack, Telegram, WeChat. Todas essas plataformas vêm se esforçando para expandir suas capacidades de integração com tais experiências. Isso por si só já diz muito.
E isso é só um pedágio. Interfaces vocais já são reconhecidas. Siri da Apple, Alexa da Amazon, Google Home. Esse parece ser o caminho a ser seguido no futuro, onde interfaces físicas são cada vez menos necessárias.
Mas apesar de todo o hype, ainda se tem muita dúvida em relação às interfaces conversacionais. Seja em relação ao quão adaptável ela é para a enorme variedade de produtos no mercado ou em relação à complexidade tecnológica que é necessária para democratizar tais interfaces em um panorama mais amplo.
Mas ainda assim, diversas etapas podem ser convertidas em uma conversa. Por exemplo, a etapa de cadastro. Quase todos os produtos hoje em dia envolvem um formulário. E ao invés de fazer uma coisa chata e entediante, por que não fazer um bot para coletar as informações dos seus clientes?
Seja o que for eu aposto em uma coisa. As interações do futuro não serão feitas de botões.