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Conseguindo um emprego como programador no exterior

homem se espreguicando em frente ao computador

Se você trabalha como desenvolvedor de software, há uma grande chance de você ter cogitado, ou estar cogitando, a hipótese de encontrar um emprego como programador no exterior.

Comigo aconteceu o mesmo! Sempre tive interesse e tomei essa decisão. O primeiro passo era encontrar uma empresa disposta a bancar o visto meu e da minha esposa. E pasmem, isso aconteceu em apenas dois meses!

Nesse artigo eu quero relatar um pouco sobre como encontrei um emprego como programador no exterior e quem sabe dar um “help” para quem está no mesmo barco que eu estava.

O relato de inúmeros desenvolvedores que conseguiram bons empregos foi uma coisa que me ajudou bastante enquanto estava realizando as entrevistas.

Mas lembre-se de que tudo aqui é um ponto de vista meu, que pode se aplicar (e provavelmente irá) à sua realidade. Não estou falando sobre verdades absolutas!

Experiências para trabalhar no exterior

Minha carreira como programador começou quando tinha 21 anos, enquanto ainda estava na faculdade (caso clássico).

De lá para cá, sempre trabalhei com desenvolvimento web usando Java, algumas vezes como dev backend, outras como full-stack. Eu tenho menos de 5 anos de experiência, por isso precisei do diploma da faculdade para tirar o blue card (visto de trabalho para a Europa).

Depois de um ano, mudei de emprego como programador no exterior e aceitei um desafio na área financeira: ser o responsável por uma aplicação que tinha 10 anos desde que foi posta em produção, atuando mais especificamente na compra e venda de commodities no mercado futuro.

Acho que você consegue imaginar a “maravilha” que era essa aplicação. Porém, isso foi importante para me inserir no mundo financeiro, que é onde eu trabalho agora e está com uma quantidade considerável de vagas abertas.

Nesse sentido, você pode adaptar o meu cenário para a sua vida. Tenha uma especialidade bem definida e estude o máximo na sua área. Você será muito valorizado lá fora.

Preciso de um diploma para encontrar emprego como programador no exterior

Eu sou graduado em Ciência da Computação pela UFCG. O diploma não foi tão útil na minha carreira, mas os conhecimentos que adquiri no curso me abriram várias portas.

Para trabalhar na Europa, é necessário tirar o Blue Card. É exigido 5 anos de experiência comprovada ou um diploma.

Para outros países, a situação muda. Na Austrália, por exemplo, para tirar o visto de residência e trabalhar lá, não é exigido diploma. Mas você precisa passar pelo processo do visto (que é demorado) e estar atuando na área que o país necessita.

Mas o diploma passa a ser algo dispensável se você tiver experiência comprovada!

Muitos companheiros de trabalho, que também foram realocados de seus países, não possuem diploma.

Então, se você não tem diploma, mas é um bom programador, não se desespere. Você pode ter as mesmas oportunidades que alguém com diploma tem (pelo menos na maioria dos casos).

Como se preparar para buscar vagas de emprego como programador no exterior

Muitas pessoas tem vontade de morar fora do seu país de origem, mas o que diferencia o sonhador da pessoa que consegue?

Em muitos casos, o planejamento. Se planejar, colocar tudo no papel, avaliar riscos e oportunidades, contar com apoio ou não da família e amigos, estudar o país e muitos outros fatores precisam ser levados em conta.

Vou contar para vocês o que eu fiz para conseguir me mudar do Brasil e ter um emprego como programador no exterior.

Motivo claro

O primeiro passo foi ter bem claro em mente o motivo pelo qual queria deixar o Brasil e começar uma nova vida fora.

No meu caso, a motivação maior foi que eu já estava longe da minha terra natal, já que sou do nordeste e estava morando no RS, e estava insatisfeito com a qualidade de vida que eu tinha.

Além disso, as oportunidades profissionais que gostaria de ter não seriam alcançadas onde eu estava. Eu precisava sair da zona de conforto e de mais desafios.

Eu tinha claro em minha mente: “Eu quero morar em um país onde eu possa prover segurança e uma qualidade de vida melhor para a minha família”.

Isso dificilmente se daria no Brasil.

Para onde ir

Defini para quais países gostaria de ir, no meu caso foquei na Europa, mais especificamente em países da União Europeia, em virtude do blue card.

Não sei se você sabe, mas depois de 5 anos é possível solicitar o direito de residência permanente se você tiver o blue card durante esse tempo.

Ao meu ver, é mais fácil entrar no mercado europeu do que no mercado americano. Mas isso vai da preferência de cada um!

Possuo diversos amigos que foram atrás das suas oportunidades de emprego como programador no exterior. Estados Unidos, Canadá, Austrália, Europa…

Como ser chamado para trabalhar no exterior

Preparei bem o meu LinkedIn: solicitei a alguns amigos que escrevessem recomendações em meu perfil, fiz uma breve introdução técnica sobre os projetos em que trabalhei, fiz uma introdução sobre meu background e, por fim, me marquei como disponível a novas propostas (isso foi fundamental).

Para isso, você não precisa alterar seu perfil original para inglês. Atualmente é possível criar uma segunda versão do perfil em outro idioma, no caso, inglês.

Por fim dei uma organizada no meu github: criei um bom readme para os meus melhores projetos. Ao meu ver, é importante ter um github com bons projetos para passar mais confiança para quem está contratando, afinal, ele nunca viu seu código na vida.

Lembre-se: tudo isso em inglês ou no idioma do país que você deseja encontrar emprego como programador (mas de preferência inglês).

Estudo

Antes de começar a sair disparando curriculum por aí, passei um mês devorando material para entrevistas técnicas.

Aqui foi bem importante saber restringir o escopo de entrevistas que eu estava buscando para otimizar meu aprendizado. Por isso que comentei da especialização lá no começo do artigo, fica mais fácil buscar conhecimento sobre a tecnologia específica de domínio.

No meu caso:

  • Foquei apenas em vagas para backend em Java e spring.
  • Identifiquei dois tipos de entrevistas: A focada em algoritmos e as focadas em uma tecnologia específica. Escolhi por focar nas específicas para a stack de Java.
  • Passei a focar em materiais do tipo: “Java Interview Questions”, “Java 8 Interview Questions”, “Spring Interview Questions”, “SOLID Interview Questions”, “Working with TDD”, etc.

Nesse sentido, também é bem se preparar para entrevistas live coding, onde você prova suas habilidades ao vivo para o recrutador. É legal treinar para testes de recrutamento desse tipo para mandar bem com os gringos!

Adapte esse modelo de estudo para a sua tecnologia preferida e facilite o seu processo de admissão em um emprego como programador no exterior.

Buscando vagas de emprego como programador no exterior

Depois de atualizar todas as minhas redes sociais voltadas para trabalho, passei a buscar vagas principalmente no Linkedin, mas também usei outras plataformas de vagas, como a Landing.jobs que é exclusiva para vagas disponíveis na Europa.

Nota da GeekHunter: Você sabia que temos uma parceria com a Landing Jobs e a Hired? Caso esteja interessado em mudar de continente, cadastre-se nessas páginas e consega um emprego de dev na Europa!

Inclusive, o meu “sim” veio de uma empresa que me encontrou no Linkedin e me convidou para fazer o processo seletivo.

Aqui também vale aquele velho e bom networking com amigos/conhecidos que já estão trabalhando na “gringa.”

Decidi ir além e trazer algumas dicas de como encontrar trabalhos ou chamar atenção de recrutadores internacionais para empregos como programador no exterior:

Criação de conteúdo em inglês na sua área de expertise

Gerar conteúdos, fazer tutoriais, gravar mini-cursos e postar no youtube/redes sociais são algumas formas de encantar os recrutadores e empresas internacionais.

Mas não pense que um recrutador irá encontrar seu material e te chamar para uma entrevista por acaso, esse plano deve ser estratégico. Você pode criar conteúdo para aperfeiçoar seu inglês e seu conhecimento na tecnologia e usar isso na hora de uma entrevista.

Sem dúvida o cenário de trabalho remoto e dificuldades em viagem abre muitas portas para profissionais brasileiros buscarem esse tipo de oportunidade. Vai fundo!

Contribuição em projetos Open Source

Uma forma de aumentar o seu porfolio e networking com pessoas interessantes para o seu objetivo é atuar em projetos open source.

Esse modelo é interessante pois permite que qualquer profissional com acesso ao código de um projeto possa apontar erros, realizar melhorias ou soluções alternativas.

Esses trabalhos derivados acabam sendo uma verdadeira escola na prática, pois o conhecimento adquirido é enorme. Além disso, você tem a possibilidade de ter contato com todas as outras pessoas que participam do projeto, com a possibilidade de conhecer profissionais de todos os lugares do mundo.

Ou seja, participar desses projetos, além do aprendizado, é uma forma de fazer novos amigos na área e ampliar o networking. 

A oportunidade de encontrar o emprego dos sonhos no exterior pode surgir dessa iniciativa que, apesar de exigir bastante dedicação, pode ser recompensadora.

Atuando como freelancer aqui e no exterior

A realidade do freelancer no Brasil, independente da área, é dura. Não é fácil viver desse tipo de atividade pois é tudo muito incerto. Isso não quer dizer que seja inviável.

Você já estando empregado no Brasil, é possível buscar trabalhos mais pontuais, que podem ser executados após sua jornada de trabalho normal e/ou aos finais de semana. A ideia é pegar o jeito e estruturar o seu modelo de prestação de serviço, visando os jobs lá de fora!

Ao conseguir boas oportunidades de freelancer e entregar um trabalho que satisfaça o cliente, certamente novas propostas e indicações surgirão, tanto no Brasil como no exterior.

Para encontrar essas oportunidades, você pode começar se cadastrando em plataformas de freelancers, por exemplo:

Dicas para fazer entrevistas para oportunidades no exterior

Se você está em busca de emprego como programador no exterior, preparar-se para a entrevista é fundamental para aumentar suas chances de sucesso. Aqui estão algumas dicas para você se destacar no processo seletivo internacional.

  1. Aprimore seu inglês: A comunicação é essencial. Se a vaga exige fluência em inglês, é importante que você pratique, especialmente termos técnicos da área de programação. Plataformas como Duolingo e Italki podem ajudar.

  2. Estude a empresa e o país: Conhecer a cultura da empresa e as particularidades do mercado de trabalho no país onde está buscando emprego é um diferencial. Pesquise sobre os valores, projetos e produtos da companhia.

  3. Destaque suas habilidades técnicas: Prepare-se para perguntas técnicas e desafios de código. Em entrevistas para emprego como programador no exterior, é comum que os recrutadores solicitem resoluções de problemas em tempo real. Utilize plataformas como LeetCode e HackerRank para praticar.

  4. Tenha um portfólio atualizado: Apresente projetos que demonstrem suas habilidades. Um portfólio bem organizado, com exemplos práticos do seu trabalho, pode impressionar os recrutadores.

  5. Seja flexível quanto a fusos horários: Como as entrevistas podem ocorrer em diferentes fusos, esteja preparado para marcar horários que se adequem à empresa, mesmo que não sejam os mais convenientes para você.

Seguindo essas dicas, você estará mais preparado para enfrentar entrevistas e conseguir um emprego como programador no exterior. Boa sorte!

Negociando salário no emprego como programador no exterior

Se você conseguiu um emprego como programador no exterior, o próximo passo importante é negociar o salário de forma estratégica. Aqui estão algumas dicas para ajudar você a garantir uma remuneração justa.

  1. Pesquise o mercado local: Antes de iniciar a negociação, pesquise os salários médios para programadores no país de destino. Sites como Glassdoor e Payscale podem fornecer uma boa base para entender o valor de mercado da sua função.

  2. Considere o custo de vida: Além do salário, leve em conta o custo de vida no país onde você vai trabalhar. Um valor que parece alto pode não ser tão vantajoso em um local com alto custo para moradia, transporte e alimentação.

  3. Valorize suas habilidades: Durante a negociação, destaque suas habilidades técnicas e experiência. Se você domina tecnologias específicas que estão em alta demanda, isso pode ser um ponto a seu favor para pedir um salário mais competitivo.

  4. Pergunte sobre benefícios: Além do salário, muitas empresas no exterior oferecem benefícios atraentes, como plano de saúde, bônus de desempenho, férias pagas e até ajuda de custo para mudança. Considere esses fatores ao negociar.

  5. Seja flexível e profissional: Tenha uma expectativa clara, mas esteja aberto ao diálogo. A negociação é uma via de mão dupla, e demonstrar flexibilidade pode ajudar a construir uma boa relação com seu empregador.

Negociar o salário de um emprego como programador no exterior pode ser desafiador, mas com pesquisa e preparação, você pode alcançar uma proposta vantajosa.

Em Conclusão

A jornada em busca do tão sonhado “Sim” é árdua e desgastante, apesar de ter recebido uma resposta positiva em um tempo relativamente curto, recebi alguns “nãos” antes.

O importante nessa situação é se manter motivado para continuar tentando. Tenha certeza de que uma hora alguém vai te dizer sim e que quanto mais entrevistas você fizer, mais preparado você estará para a próxima.

Em resumo, eu trabalho como desenvolvedor java na EPAM Systems em Cracóvia, meu processo de seleção durou cerca de um mês.

A EPAM Systems é um excelente exemplo de empresa que você deve buscar. Sabe por quê? Aqui vão alguns motivos:

  • Oferece um bom relocation package.
  • Banca todo o visto para o funcionário e para a família do funcionário.
  • Oferece curso de idiomas para os funcionários e seus cônjuges.
  • Promove diversos treinamentos aos funcionários, em várias áreas.
  • Provê total suporte aos funcionários para resolver questões burocráticas sobre documentos.
  • É uma multinacional presente em vários países da Europa, América do Norte e grandes países da Ásia.
  • E aqui vem o melhor, ela oferece um programa de relocation interno, onde o funcionário pode solicitar transferência para qualquer projeto onde haja vagas disponíveis, não importa em qual país seja. Assim se você, por exemplo, estiver trabalhando na Dinamarca e estiver afim de ir morar/trabalhar na Suíça, a empresa vai te dar suporte.

A EPAM Systems sempre está contratando, você pode dar uma olhada nas vagas abertas clicando aqui.

Caso ache que você preenche o perfil e queira conversar, pode entrar em contato comigo. 😉

Artigo original retirado do Medium e postado com autorização do autor.

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