1. Início
  2. Carreira de programador e dicas
  3. Métricas de TI: Como um gestor deve utilizá-las?

Métricas de TI: Como um gestor deve utilizá-las?

desenho de um computador e celular com metricas de desempenho na tela

Tente começar um artigo falando sobre métricas sem citar Deming e falhe miseravelmente!

“Medir é importante: o que não é medido não é gerenciado”

Ufa, agora podemos começar.

É até bom começarmos com uma referência de 1990 para a gente lembrar que a hype Data Driven que as Startups abraçaram com muito carinho e dedicação não surgiram de agora. Kaplan, Norton e Falconi que nos digam!

A gente sabe que precisa de dados e que através deles precisamos tirar conclusões.

E você Gestor, confessa aqui pra mim, já teve aquele momento de pensar “Ok, mas o que eu preciso medir?”.

Imaginem um dono de empresa que acabou de ler “O Verdadeiro Poder” mesmo sem entender muito falando para seus gerentes: “Quero números de todas as áreas até o final desta semana, precisamos de métricas”.

Bom, eu acho que não é bem por ai o caminho…

Por onde começar nas métricas de TI?

Então, de onde vem as métricas? Chama o capitão Nascimento para contar pra gente:

O conceito de estratégia, em grego strateegia, em latim strategi, em francês stratégie… Os senhores estão anotando?

Pra saber o que medir, primeiro a gente tem que saber pra onde e como estamos indo.

Desta forma podemos pensar o que indica que a empresa ou área está no caminho certo ou não.

Além da estratégia, outra pergunta bem importante é: O que pode dar errado? O que vai indicar que estamos no caminho errado? E assim temos um ponto de partida!

Um bom gestor de TI precisa ter a visão estratégica da empresa para  saber o que medir e também ter em mente os riscos envolvidos no modelo de negócio.

>>Leitura Recomendada:
Leia nosso artigo com dicas essenciais para gestão de projetos de TI

Metodologias para a gestão de métricas de TI

Existem diversas metodologias para a gestão de métricas de uma empresa, especialmente para TI.

Vem comigo que vamos abordar algumas das principais delas.

OKR

A queridinha do momento! Idealizada pelos nossos amigos da Google, os Objetives and Key Results (Objetivos e Resultados chave) são uma forma simples de se definir objetivos para o negócio (ou para uma área da empresa).

E, dentro destes objetivos, um conjunto de indicadores de desempenho (Resultados chave)  que irão “dizer” se aquele objetivo está sendo atendido ou não.

A ideia é que os objetivos sejam de curto prazo (3 meses) e que se renovem ao longo do tempo.

Balanced Scorecard (BSC)

Esta metodologia é bastante utilizada para gerenciar a estratégia de empresas inteiras, bem focada na visão do que se espera ser e alcançar em 3, 5 ou 10 anos.

Ela aborda objetivos estratégicos distribuídos em 4 perspectivas: 

  • Perspectiva Financeira
  • Perspectiva de Clientes
  • Perspectiva de processos internos
  • Perspectiva de aprendizado e crescimento

São definidos objetivos para cada perspectiva, destes objetivos derivam metas que se desdobram em indicadores (de cada meta) e assim se cria um “Mapa Estratégico” da empresa.

SMART

Muito espertinho! Esta forma ajudar a definir a sua estratégia diz que seus objetivos têm que responder a 5 perguntas:

  1. Seu objetivo é específico? (Specific)
  2. É possível mensurar seu progresso até o objetivo? (Measurable)
  3. Seu objetivo é atingível? (Achievable)
  4. O quão relevante é o objetivo para a organização? (Relevant)
  5. Qual o tempo limite para alcançar o objetivo? (Time)

>>Leitura Recomendada:
Técnicas de Gestão em TI para reter e estimular talentos

Métricas de TI na prática

Então que tipos de indicadores posso utilizar para medir o meu negócio? Quais métricas?

Vamos tentar dividir elas em duas realidades bastante comuns em TI que são Fabricas de Software e SAAS:

Fábrica de Software

Uma fábrica de softwares tem seus resultados de projetos, ou outsourcing, portanto eficiência e o bom uso da mão de obra são fatores chave de sucesso.

Podemos descarregar aqui todos os indicadores do PMBOOK ou das Metodologias Ágeis para gestão de projeto que vão determinar basicamente a rentabilidade, velocidade e produtividade das equipes, este é o básico para começar.

Um indicador interessante que já utilizei era o número de orçamentos realizados pela área técnica. Por quê?

Sabíamos que nossa taxa de conversão variava entre um percentual, portanto se o número de orçamentos era mais alto que o normal, precisaríamos de mais pessoas.

Se caísse muito, faltariam projetos e o negócio ficaria em risco.

SAAS

E se o foco é um produto digital SAAS? Qual a estratégia do seu produto? Aumentar a base de usuários? Fazer que os usuários passem mais tempo no sistema? Eles estão satisfeitos? O sistema é estável?

Respondendo isso podemos medir dados do analytics, número de usuários por dia, uptime, NPS, CSAT…etc.

O foco aqui é o produto e como ele é utilizado e como ele resolve algum problema.

Para métricas do time de desenvolvimento existe uma discussão interessante entre quem defende que é importante medir e cobrar a produtividade, entregas rápidas, previsto x realizado e quem diz que é mais efetivo acompanhar métricas do resultado de cada entrega, se tem aprovação dos clientes, se aumentou o uso da ferramenta, se diminuiu o churn, etc.

Evidentemente não existem fórmulas mágicas, cada empresa e cada área tem a sua realidade e principalmente a sua estratégia.

A psicologia por trás das métricas

Para fechar, este é um insight muito interessante que o Michel Zetun da Punk Metrics me fez prestar atenção durante um papo que tivemos.

Se você tiver uma estratégia e um processo de medição bem alinhados, as métricas vão dizer coisas que talvez as pessoas não gostariam de escutar.

Não é incomum encontrar resistência das empresas na implantação da cultura Data Driven por conta disso.

Existe uma força subconsciente no indivíduo que vai querer protegê-lo de decepções e más notícias. É um instinto de sobrevivência, inclusive. 

Talvez as métricas te digam que seu negócio é inviável, que aquela idéia não é tão inovadora e basicamente que você falhou.

E ninguém gosta de falhar, não é mesmo?

Então, minha dica final é para ter isso em mente e evitar este tipo de comportamento de maneira consciente, caso venha aquela vontade de ignorar o que os dados estão dizendo.

Para te ajudar nisso, vai aí um princípio da PNL:

“Não existem erros, apenas resultados”

Até a próxima!

Gostou desse artigo? Veja também esta leitura recomendada:

Métricas de Software: Um Guia para Líderes de Desenvolvimento

Quer conhecer a plataforma líder em recrutamento tech?

A solução mais completa para recrutar os melhores talentos tech.

Precisa de ajuda para recrutar talentos?

Conheça o Serviço de Recrutamento da Geekhunter

Leituras Recomendadas

Quer receber conteúdos incríveis como esses?

Assine nossa newsletter para ficar por dentro de todas as novidades do universo de TI e carreiras tech.