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Pilares DevOps: a carreira do profissional de infraestrutura

fluxo de códigos de programação

A carreira DevOps ainda causa muita dúvida em quem pretende começar nesse caminho.

É fato que o pessoal de Operações ficou bem pra trás nesse sentido e não há nada a se estranhar, afinal ainda temos que, de forma frequente, receber servidores físicos e configurá-los do zero.

E não há nenhum mal nisso, eu particularmente adoro desempacotar brinquedos novos.

Nossas preocupações diárias com segurança, backup, falhas de energia, ligações físicas e tudo mais que o legado da infra nos traz, acaba tirando o foco do que realmente importa.

Afinal, ninguém quer saber se você saiu de casa no domingo pra ligar um disjuntor caído no data center do cliente.

Hoje estou falando com profissionais de pequena e médias empresas. Profissionais que já são da área de TI, que não necessariamente estão em empresas tech, mas convivem com certo nível de infraestrutura.

São esses os maiores interessados nesse start da carreira DevOps. É hora de conferir quais os pilares DevOps para começar com tudo 🙂

Como saber se quero seguir carreira DevOps?

labirinto em um papel

Veja se rola uma identificação:

Imagine uma fábrica que entrega serviços de Infra. Você está lá embaixo na linha de produção, baixando iso de sistema operacional, dando boot, instalando, configurando corrigindo erros, etc.

Agora se imagine saindo da linha de produção e indo pra uma sala bonita com uma tela enorme, atuando agora na construção dessa infraestrutura como se fosse um engenheiro ou arquiteto, agora desenhando o passo a passo das soluções.

Seu trabalho é tratar os erros da solução agora, quebrando a grande solução de infra em pequenas partes, resolvendo problema por problema e entregando a solução definitiva e replicável com velocidade antes impensável.

Pilares DevOps: vamos começar do começo!

tela com códigos de programação

A primeira coisa que eu fiz, foi lembrar (eu já fiz algumas atuações com programação) que o Desenvolvedor não fala a mesma língua que você. São outros termos, outra linha de raciocínio. O pessoal de infra utiliza soluções de software. O DEV constrói em um outro nível de abstração.

Ok, mas ainda podemos ser amigos? Devemos!

Aí que vem o primeiro pilar. Interaja com o time de desenvolvimento, ou com o amigo programador. Pergunte o que eles usam para desenvolver. Que editores de texto, qual linguagem, por quê?

Você começa a ver que são ferramentas que tornam o dia a dia mais prático, seja dando apoio na sintaxe de uma linguagem, autocompletando, salvando e versionando automaticamente, etc.

Git, o facilitador de vida do DevOps

Agora que você já teve uma boa conversa com os amigos desenvolvedores, deve ter ouvido falar no Git.

O primeiro pilar prático do caminho DevOps é “Gitear” tudo. Seus arquivos de configuração e seus documentos com o passo a passo que você executa para resolver problemas rotineiros. Tudo no Git!

DevOps é sobre trabalhar em harmonia e com alto desempenho e o Git faz o milagre do trabalho em equipe. A comunidade OpenSource atua brilhantemente em cima dele.

Agora é hora de dar uma olhada na quantidade de ferramentas disponíveis no GitHub.

É muito provável que um problema que você tem, ou teve, tenha sido resolvido por alguém, e de uma forma que você nem imaginava que poderia ser tão simples. E o mais incrível é que tudo está ali a sua disposição, basta baixar o script, ler o manual e usar.

Usando Docker

Se o docker gera tanta dúvida nos desenvolvedores, imagine com o time de Infra. Com o pessoal de banco de dados então, uma interrogação enorme. O fato é que não vai ter volta.

É como se entregar servidores (web, Banco de dados, etc) virasse uma linha de produção em velocidade recorde.

Quando se quer ser um bom DevOps, o principal paradigma que precisamos quebrar é aquele apego que temos com nossos servidores. Você vai ver muito o pessoal da gringa falando em “don’t pet your infrastructure”, e está certo.

Se um servidor falhar, o ideal é termos como subir uma nova instância com as mesmas funcionalidades em segundos.

A virtualização tem facilitado muito nossa vida nesse sentido, mas ainda tratamos nossos servidores virtuais como bichinhos de estimação. Todo dia checamos se está tudo bem, se as partições estão limpas, etc, etc, etc.

Em Docker isso é inconcebível. Em resumo, o contêiner está ali para prestar um microsserviço, então se ele não está mais cumpindo sua tarefa, o destruímos e um novo assume seu lugar.

Sendo assim, o segundo pilar prático da nossa trilha é parar de fornecer servidores. Forneça microsserviços. Se pediram um servidor de monitoramento com Zabbix por exemplo, ou um servidor de aplicação PHP, faça em docker.

>> Leitura recomendada:
Leia mais sobre Docker para Microsserviços.

Lógica da indentação dos arquivos YAML

Em que momento Devs e Ops falarão a mesma língua? Voltamos ao dilema inicial. Afinal, são duas maneiras diferentes de pensar, agir e resolver problemas, mas, que são “tão simples como voar”, como diria o grande Jeferson da Linux Tips.

O YAML resolve o problema de uma entrega de solução entre times.

Trata-se de uma sintaxe simples com uma indentação que facilita a compreensão do que está ocorrendo durante o deploy de um microsserviço, controle de permissões, cadastro de um ativo, entre outras.

Há algum tempo os times de Desenvolvimento utilizavam o XML para fazer algumas atividades que o YAML faz de uma forma mais simples.

Um arquivo YAML, vai literalmente declarar o que queremos de um serviço em docker por exemplo.

E pasmem: em apenas uma lida com atenção e uma pequena noção de inglês e qualquer pessoa, consegue saber do que se trata o que está sendo declarado.

Por exemplo, o cadastro de uma máquina em um sistema de automação de tarefas chamado Rundeck pode ser feito via YAML da seguinte forma:

Ou para subirmos um contêiner de banco de dados MySQL:

Em seguida comece a utilizá-los para construir seus ambientes.

Mudança é a lei!

É clichê falar que a TI muda o tempo todo. Agora comece a se perguntar se você tem mudado também, será que você tem feito parte ou pelo menos acompanhado tantas mudanças?

O quarto pilar da carreira DevOps é a integração. Integre todos os seus conhecimentos nas diferentes vertentes da nossa vasta área de TI.

Pratique implementar servidores utilizando microsserviços, com YAMLs versionados com o git. Três ferramentas que você já conhece – ou conheceu lendo esse texto! – trabalhando em perfeita integração.

Conclusão sobre os Pilares DevOps

pilares de madeira na água

Fechamos nosso papo com três novas ferramentas para você “desossar” e adotar no seu dia a dia. Não viva mais sem elas!

Claro que ainda teremos que colocar a mão na massa e fazer trabalhos que, repito, ainda não podem ser automatizados, ou que você apenas não sabe ainda como fazer.

Para esses casos, alguns de nós teremos que ser a mudança, afinal é isso que a comunidade de software livre espera de nós.

Lembre-se que contribuir com projetos de outras pessoas ou simplesmente publicar suas soluções no Git é uma excelente forma de acelerar sua caminhada e ajudar outras pessoas que assim como você nesse momento, tem dúvidas sobre como começar.

Até a próxima.

vagas de devops


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