Profissionais de engenharia de dados são aqueles cujo trabalho principal é preparar dados para uso analítico ou operacional. Talentos dessa área geralmente são responsáveis por criar pipelines de dados que reúnem informações de diferentes sistemas de origem e tornar os dados facilmente acessíveis e otimizar o ecossistema de big data das organizações.
Para falar um pouco mais sobre essa carreira, convidamos Joyce Seiler, primeira mulher a ser Head de Engenharia de Dados do Hospital Sírio-Libanês.
Além de ser a primeira liderança feminina no comando da área dados de um dos mais importantes centros médicos da América Latina, Joyce conta com mais de 20 anos de experiência no mercado e acompanhou de perto a evolução e crescimento do mercado de dados desde os primórdios como: processamento de dados, DBM, Mailings, até o que conhecemos hoje como BI e Big Data além das Revoluções digitais.
Confira a entrevista completa:
Quem é o engenheiro de dados?
Joyce Seiler: De forma geral, o Engenheiro de dados é quem projeta e implementa integrações complexas de dados, big data e streaming; ele é quem desenvolve toda a pipeline de transformação de dados brutos em diversos formatos e disponibiliza tais dados de forma compreensível aos Cientistas de Dados, Analista de Negócios, Analistas de Dados, além de ser base primordial para toda a camada de DataViz.
Quais as principais responsabilidades do engenheiro de dados?
Joyce Seiler: Além das diretrizes já citadas anteriormente, o Engenheiro de dados é responsável por assegurar a qualidade e tempestividade do dado. Se estivermos falando de um processamento de dados para um algoritmo de Machine Learning tomar uma direção sobre Sinais Vitais de uma pessoa, por exemplo, alguns milisegundos de delay pode ser fatal.
Muito além de manter o dado íntegro e disponível, o Engenheiro de Dados também deve conhecer o nicho no qual atua para garantir que o dado está certo num determinado escopo e tempo de ciclo de vida.
Existe alguma diferença do engenheiro de dados do mercado financeiro, por exemplo, para o engenheiro de dados de um hospital?
Joyce Seiler: Em termos de conhecimento técnico não há diferenças. Utilizamos a mesma stack que o mercado – às vezes até mais modernas. No entanto, somos responsáveis por vidas, nosso nicho de negócio e atuação é de alta criticidade e isso no dia a dia faz toda a diferença, nossa qualidade não pode ser nota 7, pois uma vida deve ser sempre tratada com o que há de melhor.
Como é trabalhar na TI em um hospital?
Joyce Seiler: Ser Tech em um hospital difere de qualquer outro segmento de mercado. Em um hospital falamos em salvar vidas, falamos em melhorar como um paciente que está internado se sente, falamos sobre PESSOAS e isso não tem preço, não tem chance de falha, efetuamos Tecnologia com Alma e isso é tão importante e diferenciado que lançamos Alma Sírio-Libanês.
Com o propósito de inspirar e impulsionar o ecossistema, fomentar o empreendedorismo, acelerar o desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias, produtos e promover conexões em prol de uma vida plena e digna pra todos, vem conhecer alma.hsl.org.br.
Se você deseja ingressar em uma equipe de Engenharia de dados, SQL deve ser seu idioma nativo e além disso algumas skills são interessantes, tais como:
- Ferramentas de ETL [Data Stage, Power Center, Talend, AWS Glue, DataBricks…]
- Domínio de SGBD’s relacionais e não relacionais
- Modelagem de dados
- Conhecimentos gerais em ferramentas de BI, conceitos de data warehouses, BI e BA.
Já que você chegou até aqui…
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