Apesar de ser algo complexo, manter o funcionamento e a estabilidade de softwares é extremamente necessário. E é justamente por garantir que isso aconteça que o profissional de SRE tem sido tão disputado no mercado.
Basta olhar para a relevância que os softwares vêm assumindo no funcionamento de empresas dos mais diversos setores para entender a importância de contar com especialistas capazes de agregar mais confiabilidade a eles.
Aliás, é por isso que a carreira de SRE tem tudo para crescer significativamente nos próximos anos. Tanto que ela se destaca, hoje, como uma ótima opção dentro da área de Tecnologia para quem se interessa por otimização de processos e possui visão analítica.
Esse é o seu caso? Então vale a pena conhecer mais sobre as responsabilidades deste profissional e o que é preciso dominar para ingressar na área. Siga com a leitura e fique por dentro!
Quem é o profissional de SRE?
Para que você possa entender qual é o papel do profissional de SRE, primeiramente é preciso compreender o que essas três letrinhas significam, então vamos lá: SRE é a sigla para Site Reliability Engineering (ou Engenharia de Confiabilidade do Site, em tradução livre).
Esse termo foi criado em 2003 pelo vice-presidente de engenharia do Google, Benjamin Treynor Sloss, com o objetivo de reforçar a importância de contar com um time de engenharia dedicado a assegurar a confiabilidade e a agilidade dos sistemas.
Foi Sloss, inclusive, que definiu os princípios fundamentais desta metodologia:
- Abraçar o risco;
- Ter objetivos do nível de serviço;
- Eliminar trabalho desnecessário;
- Monitorar sistemas distribuídos;
- Automatizar processos;
- Ter engenharia de lançamentos;
- Buscar a simplicidade.
Basicamente, o profissional de SRE é quem coloca esses princípios em prática por meio de múltiplas ações, visando garantir a implantação correta dos softwares e a entrega de um serviço confiável aos usuários finais.
Na sequência, falaremos mais sobre quais ações são essas!
Quais as responsabilidades do profissional de SRE?
Talvez a explicação acima tenha ficado um pouco vaga, não é mesmo?
Mas calma: preparamos uma lista com as principais atividades que fazem parte da rotina de um Engenheiro de Confiabilidade de Sites, para que você possa entender melhor como é trabalhar na área.
De forma prática, o profissional de SRE:
- Desenvolve soluções e ferramentas de automação para aprimorar a usabilidade de um software e elevar a escalabilidade dele;
- Monitora e provê soluções para as ocorrências que podem comprometer o funcionamento dos sistemas;
- Reúne os requisitos do projeto junto das partes interessadas;
- Prepara os dados para atualizações de infraestrutura, ferramentas e fluxos de trabalho.
Em geral, o foco do especialista em SRE é garantir a estabilidade dos produtos digitais e a constante evolução dos mesmos – o que certamente impacta na experiência do usuário final!
SRE x DevOps: entenda a diferença entre eles
Antes de seguirmos falando sobre a profissão de SRE, precisamos esclarecer que, apesar de existir uma correlação direta, SRE e DevOps são coisas diferentes!
Em primeiro lugar, o DevOps não é exatamente uma carreira ou função. Na verdade, trata-se mais de uma cultura que reúne práticas voltadas para melhorar continuamente a qualidade de um produto ou serviço.
Para isso, a metodologia foca principalmente em uma rotina de automação e na comunicação horizontal ágil.
A área de SRE, por sua vez, tem como objetivo garantir a funcionalidade de projetos de tecnologia com confiabilidade – o que é feito por meio da entrega de funcionalidades novas aos sistemas e da correção de bugs.
Vale dizer que não se trata de abordagens que concorrem entre si. Na realidade, elas se complementam, sendo muitas vezes utilizadas de forma conjunta para melhorar a entrega de produtos digitais.
Quais as skills que o profissional de SRE deve ter?
Para se tornar um profissional de SRE, é importante dominar alguns assuntos e contar com habilidades específicas.
Entre elas, destacam-se os conhecimentos sobre automação e otimização de processos, melhoria da confiabilidade de sistemas e atividades que envolvam o gerenciamento de softwares.
Além disso, também é fundamental contar com uma visão analítica e a capacidade para solucionar problemas. Afinal, como já dissemos, o monitoramento e a resolução de ocorrências fazem parte do dia a dia deste profissional.
Para ter sucesso na área também é importante conhecer sobre:
- Controle de versões;
- Codificação, incluindo entendimento sobre Python, Go ou Java;
- Sistemas operacionais, principalmente Linux ou Windows;
- Funcionamento de ferramentas de monitoramento;
- Cloud (AWS);
- Práticas de DevOps;
- Bancos de dados (NoSQL/SQL) e construção de querys;
- Conceitos de computação distribuída e microsserviços;
- Implementação de CI/CD (integração e entrega contínua).
Se você está se perguntando qual é a melhor forma de desenvolver as habilidades mencionadas acima, saiba que já existem opções bem legais de cursos focados em SRE, incluindo os programas de formação da Elven Academy e da Alura e o MBA da XP Educação.
É possível, ainda, encontrar diversos conteúdos gratuitos na internet. A própria Microsoft disponibiliza um módulo grátis de introdução à SRE para quem deseja aprender conceitos básicos sobre essa importante prática de operações.
Que tal dar uma olhada?
Participar ativamente de comunidades voltadas para a área, como a SRE Brasil e a Dev Community, também é uma boa forma de aprender mais sobre esse universo e trocar conhecimentos com profissionais que já atuam há algum tempo no meio. Fica a dica!
Quanto ganha um profissional de SRE?
A essa altura, você pode estar se perguntando se realmente vale a pena investir na carreira de SRE.
Para ajudá-lo a sanar essa dúvida, não poderíamos deixar de falar sobre o quanto os profissionais que atuam na área podem ganhar. Afinal, a remuneração é uma parte importante da vida de qualquer pessoa, não é mesmo?
Logo de cara, podemos adiantar que essa é uma profissão bastante atrativa quando o assunto é salário: segundo levantamento de setembro de 2022 do GlassDoor, um SRE Specialist ganha, em média, R$ 16.681/mês no Brasil.
Obviamente, as ofertas mudam bastante de acordo com o nível de experiência na área. Mas até para quem está iniciando na carreira há oportunidades bem interessantes.
Por exemplo: o GlassDoor aponta que a média salarial de um Engenheiro Jr. é de R$ 5.000/mês, passando para R$ 11.000/mês depois de um tempo maior exercendo a função.
Vale lembrar que há algumas cidades do Brasil que são conhecidas por oferecer salários mais altos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Belo Horizonte e Florianópolis. Sendo assim, as melhores oportunidades costumam estar por lá!
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