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Guia definitivo para profissionais de TI que sonham em trabalhar no exterior

trabalhar no exterior

O mercado global de tecnologia nunca esteve tão aquecido: trabalhar no exterior, além de ser uma tendência que veio para ficar, pode levar a sua carreira a patamares inimagináveis. E é verdade, empresas como Google e Amazon, por exemplo, procuram o tempo todo profissionais da área de TI ao redor do mundo! 

Imagine poder trabalhar em um outro país, falando uma outra língua e sendo reconhecido fora do seu círculo profissional nacional! Se for um sonho, não me acorde! 

Além da compensação em outra moeda (e confie em nós, profissionais de TI ganham bem no mundo TODO!) trabalhar no exterior é a chance de projetos inovadores, redes de contatos globais e crescimento exponencial na carreira! 

Mas, por onde começar? 

Neste artigo, falaremos sobre o planejamento inicial até o momento de conquistar o seu lugar ao sol no mercado exterior. Ah, e fica até o final que separamos dicas valiosas de profissionais que trabalharam ou trabalham no mercado internacional para você se dar bem no processo! Continue lendo!

 

As vantagens de trabalhar no exterior

A vida não é um morango. Você definitivamente não sai formado da faculdade com a promessa de um cargo mega incrível e codificando horrores e participando de projetos excepcionais. Dito isso, as empresas do mundo todo levam em consideração algo muito importante: experiência. E não obstante, experiência é a exata moeda de troca que essa oportunidade de trabalhar no exterior vai lhe dar.

Além da experiência transformadora de poder, com outros olhos, observar tudo que é possível dentro da sua área de atuação, temos o fator salários em moedas valorizadas visto em mercados nos Estados Unidos, Canadá e Europa (ok, quase o mundo todo), projetos de alto impacto onde muitos profissionais têm, às vezes, a sua primeira chance de trabalhar com tecnologias emergentes como inteligência artificial, blockchain e IoT direto de fontes valiosas de aprendizado e prática, a possibilidade do trabalho remoto e o crescimento pessoal e cultural que só uma experiência no exterior pode oferecer. Afinal, trabalhar com outras culturas amplia horizontes, melhora a fluência em idiomas e faz com que o profissional desenvolva habilidades interculturais essenciais em um mundo altamente globalizado. 

 

Para Vinicius, de 26 anos, e que é Sênior atuando em Portugal as vantagens incluem: A quantidade de cultura que temos contato no dia-a-dia, seja pessoalmente ou com profissionais de todas as culturas possíveis, e com isso acabamos por descobrir como trabalhar com pessoas com culturas diferentes da nossa e em ambientes profissionais completamente diferentes do nosso. Isso acaba por ajudar a melhorar as nossas relações interpessoais em ambientes culturalmente diversos”

Para Thiago, de 35, e também Sênior na área logo: “Trabalhar no exterior traz a vantagem de se ter acesso mais facilitado à uma gama enorme de empresas que podem te oferecer oportunidades interessantes com muito mais facilidade… Isso fora, é claro, o fato de você ter a vivência de compartilhar o seu dia a dia profissional (presencialmente) com pessoas de várias nacionalidades e perfis culturais. No lado pessoal, existe também o fato do amadurecimento e autoconhecimento, pois você é colocado num contexto onde você tem aprender todas as regras e normas sociais do zero, sozinho… O que é um desafio tão grande quanto o profissional!”

 

Mas, com grandes poderes também vem…

… os desafios de trabalhar no exterior

Infelizmente ganhar um passaporte que lhe garanta exercer a profissão em outro país não está isento de obstáculos. Identificar e superar esses desafios é essencial para garantir uma transição bem-sucedida e uma experiência profissional gratificante. Alguns incluem:

Diferenças culturais

Não é querendo ser portadora de más notícias, mas uma das primeiras coisas que causarão estranhamento neste processo são as diferenças culturais. Entretanto, podemos olhá-la de duas maneiras: a limitante ou a engrandecedora.

Cada país tem normas sociais e práticas corporativas únicas. Por exemplo, enquanto a hierarquia pode ser muito importante em países asiáticos, como o Japão, países nórdicos tendem a adotar um modelo mais horizontal de gestão. Falhas na compreensão dessas nuances podem causar conflitos ou impactar a colaboração no ambiente de trabalho.

O que nos leva a entender que:

Pesquisa e preparação serão seus principais aliados neste processo, eles ajudarão a entender melhor o ambiente no qual trabalha, além de ser uma ótima oportunidade de aprender sobre uma cultura nova. Treinamentos interculturais existem justamente para este tipo de abordagem: Neles, podem ocorrer workshops sobre costumes e expectativas do país e isso por sua vez pode contribuir para o aumento de uma observação mais empática por parte do profissional, que por meio do exemplo, poderá se adequar aos costumes e cultura local

Já na prática…

Vinicius conta que “Ouvi de colegas holandeses que nós brasileiros somos muito sentimentais e, por um lado isso me soou xenofóbico mas por outro acabei chegando á conlusão de que na verdade os brasileiros são mais é apegados ás relaçoes de trabalho, tanto é que é muito comum sermos amigos das pessoas com quem trabalhamos no Brasil. Fora, não é em todo lugar que isso acontece, nem todos são amigos e essa foi a maior dificuldade. Entretanto, quando entendi isso, abriu-se um espaço para o meu desenvolvimento enquanto profissional e o respeito dos colegas.”

Para Thiago, “A gente apanha muito, aprende na base do erro mesmo… Tem que ter muita fibra emocional para enfrentar certas situações, e, sempre manter a cabeça aberta e entender que “você não está no Brasil” sempre que algo diferente acontece, parece óbvio, ou até besteira, mas, tem muita gente que sofre muito por tentar viver fora do Brasil da mesma forma que vive aqui.”

Burocracia com visto e documentação

Os processos para obtenção de visto de trabalho variam em complexidade. Desde a coleta de documentos até prazos apertados, a burocracia pode ser desafiadora, especialmente para países com regras rígidas como os EUA e Austrália.

Ideias para superar:

  • Contrate um Especialista: Escritórios de advocacia especializados em imigração podem ajudar a evitar erros no processo.
  • Tenha um Checklist: Organize toda a documentação necessária, incluindo diplomas, comprovantes de experiência e certificados de idiomas.
  • Planeje com Antecedência: Comece o processo antes mesmo de receber uma oferta formal.

Na prática, Vinicius recomenda: Tenha algum profissional que faça isso por você. Vim para Portugal com o auxílio da empresa e lá temos um time jurídico que lida com essas burocracias. Se está indo sozinho para um outro país, tente contratar um advogado de imigração pois isso ajuda a economizar muito dinheiro. Se está vindo por meio de uma empresa, certifique-se de que ela tem um time jurídico que possa lhe dar apoio.” 

“Sempre aposte em empresas especializadas, caso não esteja enfrentando o processo de migração com suporte da empresa que está te contratando… Esse ponto é muito sério e não cabe margem pra riscos… Nunca fique no “eu acho” “ diz Thiago

Barreiras linguísticas

Mesmo com fluência no idioma local, o uso de termos técnicos, expressões idiomáticas e sotaques regionais pode dificultar a comunicação. É sempre bom se adaptar: Em Portugal isso será relativamente fácil por causa da semelhança da língua portuguesa, mas em lugares como a Alemanha por exemplo, vale a pena dar uma estudada maior para facilitar a descrição ou significado de algo. Não tente fazer um VERSCHLIMMBESSERN (tornar alguma coisa pior na tentativa de melhorar) com a língua. Pague aquelas aulinhas extras de alemão!

Dicas para superar:

Faça uma imersão no idioma. Assista a vídeos técnicos e participe de grupos de discussão na internet. Inscreva-se em aulas focadas para uma comunicação mais profissional e use e abuse de apps como o Grammarly e DeepL para revisar documentos e e-mails

Vinicius – “Em Portugal não há muitas barreiras linguísticas, mas pode haver com sotaques, por exemplo, A dica aqui é o convívio diário!”

Thiago – “ Por saber inglês é ir morar em um país onde a maior parte da população fala inglês fluentemente (Holanda), acabei tendo poucas dificuldades, exceto no que se trata de documentação e correspondência oficial/governamental, que sempre vêm na língua oficial do país em questão… Mas, hoje em dia, temos acesso a tradutor na palma da mão, graças aos smartphones.”

Adaptação ao custo de vida e redes de apoio limitadas

Em grandes centros tecnológicos, como São Francisco ou Londres, o custo de vida pode consumir boa parte do salário, dificultando a adaptação inicial. É sempre bom preparar-se com um planejamento financeiro por meio de orçamentos que possam ser viáveis para trabalhar naquele local. Uma dica valiosa é negociar pacotes que incluam auxílios, como moradia e transporte. 

Além disso, estar longe da família pode gerar sentimento de solidão e dificultar a integração em um novo ambiente. Construa sua rede, participe de eventos de networking e comunidades de expatriados, como Meetup ou grupos no Facebook. Mas se esse não for o seu estilo, tenha acesso a uma terapia online e contato com os familiares. Tenha o conhecimento de que pouco a pouco, conforme for se adaptando, o número de conexões aumentam. 

A dica dos nossos devs é:

Vinicius: Aqui em Portugal de fato temos muito poder de compra, mas o que encarece é o preço das moradias. E vivo com um salário acima da média para Portugal. A ideia é não deixar que esse poder de compra suba à cabeça e você acabe gastando tudo em muitas compras de valores pequenos. E quanto às redes de apoio, me encontrei em blocos de carnaval onde comecei a tocar e fiz amigos que tenho contato semanal para ensaios. Acaba que todos se ajudam para encontrar quartos, psicólogos etc. A forma mais fácil para um imigrante é encontrar comunidades da mesma nacionalidade, isso ajuda com a saudade e na socialização em um país diferente.

Thiago: “ Sempre pesquise bastante na sua região sobre mercados, dias em que a feira de rua acontece (nos países/cidades onde isso é tradicional), seja parte de comunidades de expatriados nas redes sociais, para formar uma rede de informações, entenda que o custo é alto, e que por isso nunca se deixe levar por intuições viciadas vindas daqui do Brasil… Redes de apoio são muito difíceis no exterior, pois, na maior parte dos casos, você é o primeiro do seu círculo a se estabelecer ali… E, atualmente, tem que se ter muita cautela em quem se confiar…”

 

Diferenças nos modelos de trabalho

Países têm abordagens diferentes ao trabalho, como carga horária, foco em resultados versus horas trabalhadas e métodos de comunicação. Por exemplo, na Alemanha, pontualidade e eficiência são prioritárias, enquanto nos EUA, a flexibilidade e o networking têm mais peso. Adapte-se à cultura de trabalho, pergunte sobre expectativas claras no início e solicite feedback regular para entender o que pode ser ajustado. 

Além disso, para os trabalhadores remotos, será preciso uma adaptação no fuso horário e produtividade. Use ferramentas de gestão, como o Calendly para agendar reuniões no melhor horário para todos e organize sua agenda com base nos horários de maior produtividade.

 

Qualificação e revalidação de diplomas

Alguns países exigem a revalidação de diplomas ou certificações para certas profissões, o que pode atrasar o início do trabalho. Verifique todos os requisitos antes, consulte órgãos oficiais sobre a necessidade de validação e, se puder, inscreva-se em cursos ou certificações reconhecidas no país de destino

“Tranquei a faculdade na época da pandemia e mesmo assim consegui uma vaga. O que faço hoje em dia é um curso de Web Design. Nu futuro, posso retomar à vida acadêmica, mas por enquanto estou focando em cursos mais técnicos– Vinicius

Principais destinos para profissionais de TI brasileiros

Trabalhar no exterior oferece aos profissionais de TI oportunidades únicas de crescimento e desenvolvimento. Diversos países possuem programas específicos para atrair esses talentos, cada um com suas particularidades. A seguir, uma análise detalhada dos principais destinos e seus respectivos processos de imigração para profissionais de TI.

1. Estados Unidos

Demanda e oportunidades: O mercado norte-americano, especialmente o Vale do Silício, é reconhecido por sua alta demanda por profissionais de TI, incluindo desenvolvedores, engenheiros de software e especialistas em cibersegurança. Empresas como Google, Apple e Microsoft estão constantemente em busca de talentos qualificados para integrar suas equipes.

Processo de imigração: O principal visto de trabalho para profissionais especializados é o H-1B. Este visto permite que empregadores dos EUA contratem temporariamente trabalhadores estrangeiros em ocupações que exigem conhecimento especializado e, no mínimo, um diploma de bacharel ou equivalente na área específica.

Ag Immigration

Características do visto H-1B:

  • Duração: Inicialmente concedido por três anos, com possibilidade de extensão por mais três, totalizando seis anos.
  • Limite anual: Há um limite de 65.000 vistos H-1B emitidos anualmente, com uma reserva adicional de 20.000 para candidatos com grau de mestre ou superior obtido nos EUA.
  • Processo de solicitação: O empregador deve iniciar o processo, apresentando uma petição ao Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS). O processo inclui a obtenção de uma Certificação de Condição Laboral (LCA) e o pagamento de taxas associadas.
    Altius Law

Considerações importantes:

  • Competitividade: Devido ao limite anual, o processo é altamente competitivo, sendo essencial que os candidatos e empregadores estejam bem preparados.
  • Alternativas: Para profissionais altamente qualificados, o visto EB-2 com dispensa de interesse nacional (NIW) pode ser uma alternativa, permitindo residência permanente sem a necessidade de uma oferta de emprego específica.
    Fazer Intercâmbio

2. Canadá

Demanda e oportunidades: O Canadá tem se destacado como um hub tecnológico emergente, com cidades como Toronto, Vancouver e Montreal atraindo empresas de tecnologia e startups. A demanda por profissionais de TI é crescente, abrangendo áreas como desenvolvimento de software, análise de dados e inteligência artificial.

Processo de imigração: Para facilitar a entrada de profissionais qualificados, o Canadá implementou o Global Talent Stream (GTS), parte do Programa de Trabalhador Estrangeiro Temporário. Este programa visa acelerar a contratação de talentos globais especializados.

Governo do Canadá

Características do Global Talent Stream:

  • Categorias: Dividido em duas categorias:
    • Categoria A: Para empresas de alto crescimento que necessitam de talentos únicos e especializados.
    • Categoria B: Para empregadores que buscam preencher posições em ocupações constantes na Lista Global de Ocupações de Talento.
  • Tempo de processamento: O objetivo é processar as permissões de trabalho em aproximadamente duas semanas, agilizando a entrada dos profissionais.
  • Benefícios para o empregador: As empresas devem desenvolver um Plano de Benefícios do Mercado de Trabalho, demonstrando compromissos para beneficiar o mercado de trabalho canadense, como investimentos em treinamento para canadenses.
    Governo do Canadá

Considerações Importantes:

  • Elegibilidade: Os candidatos devem possuir habilidades especializadas e, preferencialmente, uma oferta de emprego de uma empresa canadense que se qualifique para o GTS.
  • Facilidade para a família: O programa permite que cônjuges e filhos acompanhem o profissional, com permissões de trabalho e estudo sendo processadas simultaneamente.
    Immi Canada

3. Alemanha

Demanda e oportunidades: A Alemanha, especialmente Berlim, tem se consolidado como um centro tecnológico na Europa, abrigando startups inovadoras e multinacionais como a SAP. A demanda por profissionais de TI é significativa, abrangendo desenvolvimento de software, engenharia de sistemas e ciência de dados.

Processo de imigração: Para atrair trabalhadores qualificados de fora da União Europeia, a Alemanha oferece o Blue Card da UE, um visto específico para profissionais altamente qualificados.

Características do Blue Card:

  • Requisitos: Diploma de ensino superior reconhecido na Alemanha ou qualificações profissionais comparáveis, além de uma oferta de emprego com salário mínimo estipulado.
  • Duração: Inicialmente válido por até quatro anos, com possibilidade de extensão ou conversão em residência permanente após 33 meses (ou 21 meses, com comprovante de proficiência no idioma alemão).
  • Facilidade para a família: Permite que cônjuges e filhos acompanhem o profissional, com direitos de residência e trabalho.

Considerações Importantes:

  • Reconhecimento de diplomas: É essencial que o diploma seja reconhecido na Alemanha; processos de reconhecimento podem ser necessários.
  • Idioma: Embora muitas empresas de TI operem em inglês, conhecimentos de alemão são vantajosos e podem acelerar a obtenção da residência permanente.

4. Portugal

Demanda e oportunidades: Portugal tem emergido como um destino atrativo para profissionais de TI, com cidades como Lisboa e Porto se destacando em inovação tecnológica. O país busca atrair talentos para fortalecer seu ecossistema digital.

Processo de imigração: Portugal oferece o Visto de Residência para Atividade Profissional Subordinada, destinado a trabalhadores que possuem uma oferta de emprego no país.

Características do Visto:

  • Requisitos: Contrato de trabalho ou promessa de contrato, comprovante de qualificações profissionais e meios de subsistência.
  • Duração: Inicialmente válido por um ano, renovável por períodos.
  • Benefícios: Permite trabalhar no país e abre caminho para a residência permanente após cinco anos.

Incentivos e benefícios fiscais: Portugal também atrai profissionais de TI com programas como o Regime Fiscal para Residentes Não Habituais (NHR), que reduz os impostos sobre rendimentos obtidos no país por até 10 anos.

5. Austrália

Demanda e oportunidades: A Austrália é um dos países que mais investem na atração de profissionais de TI, especialmente nas áreas de desenvolvimento de software, cibersegurança, ciência de dados e inteligência artificial. Cidades como Sydney, Melbourne e Brisbane abrigam grandes empresas de tecnologia, startups em expansão e setores governamentais que demandam profissionais especializados.

Processo de imigração: A Austrália tem diversos programas voltados para a imigração de talentos qualificados, com destaque para o Skilled Migration Program, que inclui vistos como o Subclass 189, Subclass 190, e o Subclass 491.

Destaques do Skilled Migration Program:

  • Sistema de Pontuação: Avalia critérios como idade, experiência profissional, qualificações acadêmicas e proficiência em inglês. Candidatos mais jovens e altamente qualificados possuem vantagem.
  • Processamento: A submissão é feita pelo sistema SkillSelect, que permite que candidatos sejam convidados a aplicar para os vistos, dependendo da demanda.

Considerações importantes:

  • Prova de proficiência em inglês: É necessário apresentar resultados de exames como IELTS ou TOEFL, com pontuações mínimas específicas para cada visto.
  • Reconhecimento de qualificações: O órgão regulador da profissão precisa validar o diploma e a experiência profissional do candidato.

Como conquistar vagas para trabalhar no exterior

Desde encontrar as vagas certas até superar barreiras legais e culturais, trabalhar no exterior é um objetivo que demanda planejamento cuidadoso e dedicação, onde cada etapa será essencial para o sucesso. Listamos algumas atitudes a se tomar para conquistar a tão desejada vaga.

Procure vagas nas plataformas certas

Para começar, é crucial saber onde buscar vagas de trabalho no exterior. Algumas plataformas são mais eficazes para profissionais de TI, oferecendo oportunidades direcionadas para o setor:

  • Glassdoor: Ideal para pesquisar vagas em empresas internacionais, além de avaliar salários e opiniões de funcionários.
  • AngelList: Plataforma focada em startups globais, onde desenvolvedores e engenheiros de software são constantemente requisitados.
  • LinkedIn: Um dos recursos mais poderosos para buscar empregos e se conectar com recrutadores de empresas internacionais. Use palavras-chave específicas, como “remote work” ou “relocation support,” para encontrar vagas adequadas.

Dicas:

  • Ative alertas de vagas nessas plataformas para receber notificações diárias.
  • Customize seu perfil no LinkedIn com foco internacional, destacando habilidades técnicas e projetos relevantes.

Invista no networking internacional

Construir uma rede sólida de contatos é essencial para abrir portas no mercado internacional. No LinkedIn, a estratégia correta pode acelerar sua entrada em empresas fora do Brasil:

  • Conecte-se com Recrutadores Internacionais: Busque por headhunters especializados em contratações globais, principalmente na área de TI.
  • Participe de Grupos e Comunidades: Existem diversos grupos no LinkedIn voltados para brasileiros no exterior e carreiras internacionais. Neles, você pode aprender com a experiência de quem já está no mercado.
  • Publique Conteúdos Relevantes: Compartilhe insights sobre tecnologia, projetos pessoais e certificações para atrair a atenção de profissionais do setor.

Ferramenta Extra: Considere plataformas como Slack ou Discord, que também possuem comunidades voltadas para oportunidades de emprego e colaboração no setor de TI.

 Atualize seu currículo e portfólio

Um currículo internacional precisa ser direto, claro e adaptado aos padrões do país de destino:

Inclua os seus resultados mensuráveis

 Empresas valorizam números e impactos claros. Substitua descrições genéricas como “melhorei processos” por dados concretos, como “reduzi o tempo de processamento em 30%”. Mas também use os adjetivos certos para descrever suas funções sem que o currículo fique maçante e chato de ler.

Aproveite as plataformas de portfólio

Mostre seus projetos em sites como GitHub (para desenvolvedores) ou Behance (para designers).

Estratégia de Diferenciação: Personalize cada aplicação com uma carta de apresentação que destaque sua motivação para trabalhar na empresa específica.

Falando de certificações internacionais, elas também apresentam uma vantagem competitiva para conquistar vagas no exterior:

  • Certificações Técnicas: Como AWS Certified Solutions Architect, Google Professional Data Engineer ou Microsoft Certified: Azure Solutions Architect Expert.
  • Idiomas: Além do inglês, o domínio de idiomas locais pode ser um diferencial em mercados como Alemanha, França e Japão.
  • Cursos de Soft Skills: Invista em treinamentos de comunicação intercultural para lidar com equipes multiculturais.

 Acompanhe o mercado de TI no país-alvo

Assim como você descobre lugares novos que deseja visitar quando viaja, fique atento às tendências e necessidades do mercado no país em que deseja trabalhar. Por exemplo, nos Estados Unidos, há alta demanda por especialistas em cibersegurança e inteligência artificial, já no Canadá, as áreas de data science e engenharia de software lideram as contratações. Na Alemanha, desenvolvedores de aplicativos e especialistas em DevOps são requisitados. Dessa forma, cada país terá um requisito específico ou habilidades que pesarão mais do que outras. Utilize relatórios de mercado e artigos especializados para entender quais habilidades estão em alta e como você pode se posicionar, assim consegue ter uma visão mais ampla de como está o mercado no país de destino.

Por fim, entenda os requisitos legais e tipos de visto necessários para trabalhar no exterior. Algumas coisas são universais como por exemplo vistos para nômades digitais, de trabalho e empreendimento. É preciso ter um passaporte válido por pelo menos 6 meses, um contrato de trabalho ou carta de oferta e certificados de qualificações e experiências profissionais. Se o processo parecer difícil demais, contrate uma consultoria especializada em imigração e evite erros!

Nossos devs recomendam:

Vinicius: “Consegui vir para Portugal sem ter necessariamente um diploma, portanto a dica é focar na carreira e na expansão da mesma, por meio de networking, participar de mentorias e se deixar ser ajudado. Com o currículo, atualizei conforme as normas que as empresas pedem, que é geralmente o modelo que passe pelos leitores automáticos de CV. Acompanho o mercado por meio dos meios de comunicação como youtube, influencers, newsletters e conversando com colegas que trabalham em várias áreas dentro da tecnologia.”

Thiago: “Saber inglês é indispensável… Além disso, focar em nichos que são relevantes fora, e por último, ingressar em plataformas que possibilitem essa transição, como LinkedIn, indeed, Angel List, etc… Eu sempre segui o caminho de focar num nicho que é relevante fora do Brasil, então o meu currículo foi construído focando nisso desde o começo. Por fim, ler artigos e acompanhar blogs/canais especializados é fundamental para se manter relevante dentro do mercado.”

Conclusão

Trabalhar no exterior é mais do que apenas um marco na carreira; é uma experiência transformadora que pode mudar sua vida profissional e pessoal. Essa jornada, embora desafiadora, é profundamente recompensadora para aqueles que se planejam e aproveitam as oportunidades oferecidas pelo mercado global. O valor do planejamento estratégico é altíssimo quando se tem as ferramentas corretas. Além disso, o desenvolvimento contínuo de habilidades só reforça o seu profissionalismo, portanto aproveite o mercado global! Não tenha medo das dificuldades que irão aparecer, elas serão responsáveis por grande parte da sua evolução. Por fim, almeje alto e supere os desafios para realizar o sonho de trabalhar no exterior! Até a próxima!

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