Abril foi um mês de fortes movimentações no setor de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil.
Com um mercado aquecido, novas regulamentações, crescimento da demanda por profissionais especializados e tendências emergentes, o setor reforça seu papel como protagonista na economia digital brasileira.
Este panorama traz oportunidades — mas também exige preparo técnico, estratégico e institucional.
Abaixo, reunimos as cinco principais notícias que impactaram o ecossistema de TI nas últimas semanas e mostram para onde caminham os próximos capítulos da transformação digital no país.
1. Brasil deve crescer 13% no setor de TI em 2025, superando EUA e América Latina
Segundo levantamento da IDC, o mercado de Tecnologia da Informação no Brasil deve crescer 13% em 2025 — superando o desempenho previsto para os Estados Unidos (12%) e para a média da América Latina (11%).
O crescimento é puxado por fatores como a ampliação da transformação digital nas empresas, o avanço de plataformas em nuvem, a popularização da inteligência artificial e a digitalização de serviços financeiros, jurídicos e industriais.
Esse desempenho coloca o Brasil em destaque no cenário internacional e revela o amadurecimento da infraestrutura tecnológica nacional, que hoje atrai investimentos internos e externos.
Especialistas afirmam que o setor ainda enfrenta desafios relacionados à capacitação de mão de obra e à competitividade fiscal, mas o momento é de otimismo: grandes corporações e startups estão expandindo seus investimentos em TI, com forte foco em automação, segurança de dados e experiência do usuário.
2. Setor de TIC pode criar até 147 mil empregos formais em 2025, segundo a Brasscom
A Brasscom, entidade que representa empresas de TIC e tecnologias digitais, projeta que o setor pode gerar até 147 mil novos empregos formais até o final de 2025.
O número reforça a relevância da área como motor de empregabilidade qualificada no país — principalmente em cargos ligados a desenvolvimento de software, ciência de dados, cibersegurança e arquitetura de sistemas.
Esse potencial de geração de vagas, porém, esbarra em um obstáculo conhecido: a escassez de profissionais qualificados. Hoje, muitas empresas relatam dificuldade em preencher posições técnicas mesmo com salários competitivos.
Por isso, cresce a pressão por políticas públicas voltadas à formação acelerada, requalificação e incentivo à educação técnica.
A tendência, segundo a Brasscom, é que a lacuna entre oferta e demanda continue aumentando nos próximos anos se medidas estruturais não forem tomadas em larga escala.
3. Anatel publica resultados da consulta pública sobre dados de operadoras de pequeno porte
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou os resultados da consulta pública nº 4/2025, que abordou a regulamentação da coleta de dados das chamadas Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs).
O objetivo da medida é promover maior transparência no setor e garantir que pequenas operadoras sigam as mesmas obrigações de grandes players em relação à entrega de informações estratégicas.
A proposta, no entanto, gerou polêmica. Enquanto operadoras maiores pressionam por uma regulação mais rígida que equalize o mercado, as PPPs manifestaram preocupação com o aumento de custos e o impacto desproporcional em seus modelos operacionais.
O debate escancara a tensão entre regulação e inovação no setor de telecomunicações — e deve continuar nas próximas reuniões do conselho diretor da agência. A decisão final poderá afetar diretamente a dinâmica de concorrência, os preços para o consumidor e a expansão da conectividade em áreas remotas.
4. Tendências tecnológicas ganham tração: 5G, IA em cibersegurança e sustentabilidade digital
Abril também foi marcado pela consolidação de tendências tecnológicas que prometem moldar o futuro próximo.
A primeira delas é o avanço da implementação do 5G em várias regiões do Brasil, o que tem viabilizado o surgimento de soluções de conectividade para cidades inteligentes, telemedicina e sistemas logísticos automatizados.
Paralelamente, o uso de inteligência artificial na cibersegurança vem se intensificando: algoritmos são aplicados para monitorar redes em tempo real, prever ataques e agir de forma preventiva contra ameaças cibernéticas — algo essencial em um contexto de aumento de fraudes digitais.
Outra tendência que tem ganhado força é a busca por sustentabilidade digital. Empresas estão migrando para data centers com menor consumo energético, implementando políticas de TI verde e buscando certificações ambientais. O movimento revela uma preocupação crescente com o impacto ambiental da tecnologia e com a reputação das marcas junto a um público mais exigente.
5. Pesquisa nacional aponta aumento salarial e demanda crescente por profissionais de TI
Uma pesquisa publicada pela CN Serviços em abril de 2025 revelou dados estratégicos sobre a movimentação do setor de tecnologia da informação.
O estudo destaca que a demanda por profissionais qualificados segue em alta, com crescimento expressivo em posições ligadas a desenvolvimento backend, infraestrutura em nuvem e proteção de dados.
Além disso, a pesquisa aponta uma valorização salarial média de 8,6% nos últimos doze meses, impulsionada principalmente pela escassez de talentos e pela disputa entre empresas por perfis sêniores e especialistas.
Outro dado importante é o aumento do número de contratações via regime híbrido, que já representa mais de 40% das novas admissões no setor de TI.
O levantamento reforça a percepção de que trabalhar com tecnologia se tornou um dos caminhos mais sólidos de ascensão profissional — desde que haja capacitação contínua, atualização em ferramentas e domínio de metodologias ágeis.
Conclusão
O mês de abril confirmou que a tecnologia não é mais uma área de suporte — mas sim o centro nervoso da estratégia empresarial, econômica e regulatória do país.
O forte crescimento do mercado, a expectativa de criação de milhares de empregos e a adoção acelerada de novas tendências, como IA e 5G, colocam o Brasil em uma posição promissora na corrida digital global.
No entanto, a escassez de talentos e os dilemas regulatórios ainda são barreiras concretas. Para empresas, o recado é claro: é hora de investir em capacitação, infraestrutura e governança digital.
Para profissionais, o futuro da TI exige preparo, atualização constante e uma mentalidade de aprendizado contínuo. Estamos diante de um novo capítulo — e ele será escrito em código.
Conteúdo escrito por IA